segunda-feira, 18 de junho de 2012



Domingo, 17 de junho de 2012.




Às 9:45 da manhã eu cheguei ao centro de estudos budistas da Maestro Cardim -  bem próximo ao shopping Pátio Paulista. O facilitador César conduziu a prática de meditação – quarenta minutos no total, com pequena interrupção após os primeiros vinte minutos para eventuais acomodações posturais para os últimos vinte minutos de meditação. Terminado o período de silêncio, fomos para a apostila com ensinamentos de Prajnaparamita, onde estudamos sobre o caminho do praticante, a meditação e a liberdade de naturalmente nos movermos de uma paisagem mental para outra – facilidade esta da qual raramente nos damos conta, mas que pode ser eficientemente aplicada ao cotidiano mediante a regularidade da prática meditativa e focalização do momento presente. Senti-me grato em ter participado da prática e estudos de hoje de manhã, posto que os compromissos das últimas semanas tem sido um impeditivo real para minha frequência ao centro Budista. Certamente que nesta vida é sempre necessário encontrarmos tempo de parar, refletir, relaxar a mente e aprender sabedorias que nos conduzam por um caminho melhor.
Encerrado o tempo no Budismo, ao meio-dia, caminhei ao shopping ali próximo e pedi uma fatia de Pizza Hut acompanhada de Pepsi. Estou ciente que meu colesterol não se encontra em níveis ideais, mas tem sido difícil abrir mão de comidas mais gordurosas como lanches e pizzas aos finais de semana. Encerrada a refeição, pus-me a pé para casa onde dormi parte da tarde, na vã esperança que o sono pusesse fim à enxaqueca que me importuna desde ontem. Já tomei os remédios de praxe para dores de cabeça e voltei a tomá-los, sem sucesso – a dor de cabeça persiste por dois dias, um prolongamento que definitivamente não me é comum (tenho enxaquecas com certa frequência, mas normalmente elas somem logo após dois comprimidos de neosaldina).
No começo da noite caminhei até à Paulista pela Eugênio de Lima. Sentia-me um pouco entorpecido pelo propranolol que havia tomado antes de sair de casa, no intuito de melhorar da enxaqueca. Era como se a pressão sanguínea estivesse a ponto de estourar no cérebro; mal mexia o crânio para um lado ou outro e o interior da cabeça parecia explodir. Mas eu estava feliz por minha caminhada solitária noite adentro até à Paulista, imaginando que o dia de hoje estava sendo muito agradável. Eu poderia ter um rompimento de aneurisma no cérebro ou algo que o valesse, mas estaria morrendo num momento especialmente alegre da vida e, por isso mesmo, certamente no momento mais ideal. Assim, caminhava livre de todos os medos e tinha liberdade de olhar com afeição para todas as pessoas e coisas ao redor enquanto transitava, à noite, pela Eugênio acima.





Fui ao centro de compras Mont Mare, famoso por suas pequenas lojas de muambas e artigos de pirataria. Precisava comprar uma mídia com ao menos 11 GB de espaço para ter em mãos as gravações que fizemos das lutas do sábado de manhã. Não conseguindo encontrar o que procurava, resolvi ir ao cine Reserva Cultural onde comprei o ingresso para o filme Violeta foi para o Céu (a história da artista chilena Violeta Parra). Como levaria alguns minutos até iniciar a sessão, aproveitei para ligar para minha amiga Luciane a fim de saber sobre sua viagem ao Sul por conta do novo emprego. Ainda não havia partido, mas já fazia os preparativos para viajar naquele exato momento. O filme foi intenso como a própria personalidade de Violeta, e recheado de paixões pela vida e pela arte. Mais uma vez saí satisfeito do cine Reserva; realmente os filmes em cartaz são de excelente nível de qualidade – em geral, filmes premiados -, sem mencionar que o espaço é dos mais confortáveis, aprazíveis e aconchegantes.
Peguei a Brigadeiro e adentrei uma lanchonete na esquina com a São Carlos do Pinhal; comi um lanche de queijo branco e outro de churrasco com queijo, acompanhado de sucos de laranja e cenoura, e de maracujá.
Ainda era relativamente cedo pra mim (ou seja, por volta de meia-noite), mas resolvi tomar uma dose a mais do remédio para dormir – rivotril -, e assim conseguir uma noite longa e restauradora de sono. Meu objetivo é levantar da cama recuperado para enfrentar a segunda-feira, sem nenhuma dor no corpo e, principalmente, livre da maldita dor de cabeça.
Assisti a um vídeo com palestra do Lama Padma Samten pelo tablet, já deitado e à espera do sono, e adormeci em questão de poucos minutos. Encontrei paz e sossego num sono acolhedor ao fim de mais um dia.

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