sábado, 23 de junho de 2012

Hoje é sábado, dia 23 de junho de 2012.

Mas na quarta-feira tive um dia normal no trabalho pelo que me lembre, sem nada digno de nota. À noite fui à academia e treinei das sete da noite até às oito e meia. Há um novo aluno - novo em termos, pois ele já foi aluno do Prof. Marco na academia anterior, anos atrás. É um homem maduro, calvo e um pouco fora de forma, mas aparentemente tem um bom conhecimento e treino prévio na arte marcial. Fiquei feliz em ver que chegam novos alunos à academia, e no caso deste em particular, tudo indica ter mais idade que eu. Não que fosse realmente causa de grande incômodo para mim a condição de ser o aluno mais velho do Marco, mas confesso meu contentamento ao ver que alunos mais maduros estão chegando ao nosso grupo. Saindo da academia e a caminho de casa, vi na vitrine de um mercadinho na Nestor que havia algumas cervejas importadas à venda. Entrei e comprei duas marcas européias: uma da Dinamarca cujo nome não recordo, e outra chamada Valentins Weissbier. Cada lata com 500ml de bebida, comprei uma de cada tipo (custavam cerca de R$ 10,00 cada uma, ou 5 USD). Tomei as duas cervejas frente à tela da televisão (que só tem me servido de monitor para o computador, na realidade), enquanto acessava facebook ou teclava com alguém pelo messenger. Aproveitei para usar, pela primeira vez, minha caneca da Paulaner que ganhei no domingo retrasado como brinde da Braugarten. Não vi nenhum diferencial na cerveja dinamarquesa em relação às brasileiras - a não ser o preço muito mais caro, achei que tinha jogado meu dinheiro fora nessa compra. Para minha alegria, logo ao despejar a Valentins na mesma caneca, percebi que sua coloração e consistência pareciam muito com a da Paulaner; ao apreciá-la, foi com alegria que também achei seu sabor bastante similar ao daquela cerveja que tanto gostei.

Meu irmão Paulo, que há muito tempo não faz uma ligação pra mim, ligou-me hoje de noite. Disse-me que sua esposa quer apresentar-me uma garota, professora da filhinha deles. Na mesma oportunidade, fez suas críticas ao meu modo de vida solitário, sem mulheres e sem participação num círculo social em que pudesse encontrar alguma mulher para casar; disse-me também que, em sua opinião, meu grande problema é não ter comprado um carro até agora - ou seja, que é preciso ter um carro para aumentar minhas chances de conhecer mais mulheres, e quem sabe assim vir a encontrar a "mulher certa". Expliquei a ele que, em primeiro lugar, não estou necessariamente em busca de casamento - busco apenas viver minha vida com simplicidade dia após dia, planejando alguma viagem, vendo meus filmes, estudando algo novo e sempre aprendendo coisas diferentes. Expliquei ainda que não estou simplesmente à procura de "uma mulher", mas que experimentaria grande alegria caso encontrasse "a mulher": alguém que tenha afinidades verdadeiras comigo, meus valores e modo de pensar e ver a realidade. Meu irmão retrucou que, se eu continuar pensando assim, nunca na vida vou encontrar uma mulher para ficar ao meu lado. Reiterei que não me interessa "uma mulher", mas sim "a mulher". Talvez eu seja idealista ou perfeccionista demais, porém já atingi maturidade suficiente para saber que não vale a pena abrir mão de meus momentos solitários, porém gratificantes à minha maneira, pela companhia de alguém que simplesmente não me acrescente em nada. Meu irmão continuou insistindo que eu estava errado em pensar assim, mas é essa a opinião dele. Confesso que entristeceu-me um pouco o fato de que ele não tenha feito um pequeno esforço para enxergar minha forma de ver as coisas - tão diferente da dele -, antes de julgar isso ou aquilo no meu modo de pensar e viver. Bem, mas o jeito é encarar a realidade de que, se existe uma razão pela qual estou neste mundo, com certeza não é para ser compreendido. Sem lamúrias nem sentimentalismo piegas: isso é real, e  não vou lamentar.

Na quinta-feira tive outro sem nada digno de registro sobre o trabalho. Foi dia de aula na Globalcode, mas decidi não ir. Vim direto pra casa e apenas deixei o tempo passar inutilmente - se é que reservar um tempo para si mesmo é estar sendo inútil...


Sexta-feira, dia 22 de junho. Deixei o ambiente de trabalho por volta das 13:20 e fui à podóloga, na Brigadeiro (há uma dor bem ao lado do dedão direito que me incomoda faz tempo - sempre atribuí este desconforto a algum problema nos calçados, mas percebi que não é possível que todos os meus sapatos sejam ruins; além disso, por que razão não ocorre o mesmo com o dedão do pé esquerdo?).
A podóloga fez o corte de unhas, raspagem etc., o que era preciso fazer. Não sei se apenas impressão ou não, mas senti que o desconforto dolorido foi amenizado ou eliminado de vez. Dirigi-me ao dentista em seguida. Voltei ao trabalho somente quase às cinco da tarde, e alegrei-me ao saber que os computadores estavam sem sistema. Quando isso ocorre, praticamente nenhum advogado ou interessado comparece ao balcão, e passamos o tempo ora conversando, ora procurando algo não urgente para fazer. O fato é que a pressão do trabalho são deixados de lado, o que de vez em quando é muito bem-vindo - ainda mais em se falando de uma sexta-feira!



Um China in Box simples num bairro simples. Uma refeição simples.
Voltei pra casa, caminhando junto da estagiária Grabriele (que mora em meu mesmo bairro). Dormi um pouco ao chegar ao apartamento e resolvi dar uma saída para comer algo pela rua. Caminhei até à Nestor, no mercadinho onde vendem cerveja importada e comprei três latas da Valentin Weissbier. Antes de retornar a casa passei no China In Box aqui do bairro e comi uma refeição leve, acompanhada de suco de uva em lata. Novamente em casa, decidi assistir ao filme "Admirável Mundo Novo" que a procuradora federal me emprestou na terça-feira. Excelente produção de 1998, gostei muito da adaptação do livro. Mais uma vez voltei a pensar naquela mulher, com muita curiosidade e interesse em saber mais sobre ela. Quanto bom-gosto e amor pelas coisas belas...
Não cheguei a tomar minhas cervejas hoje; por enquanto ficarão bem guardadinhas na geladeira. Deixarei este prazer cervejeiro para amanhã (sábado).



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