terça-feira, 5 de junho de 2012


Segunda-feira, 04 de junho de 2012.
Tive um dia bom e produtivo, apesar de não ter conseguido levantar tão cedo quanto acharia ideal. Saí da cama por volta das 8:30 e tomei minha ducha gelada matinal. Esses banhos sempre foram ótimos para elevar meu grau de energia interna, melhorar meu estado de alerta e exorcizar o sono definitivamente. Prepara-me cem por cento para os estudos da manhã. Tentei acessar a internet em busca de videoaulas sobre o assunto a ser abordado pela aula de amanhã no curso, mas até então minha conexão de rede não havia retornado à normalidade. Sem perda de tempo comecei a estudar pela própria apostila do curso, numa leitura voraz e atenta de todo o conteúdo que deveria ser estudado (hardware e sistemas operacionais, Linux Ubuntu). Passado algo como uma hora e meia, o sinal de rede finalmente voltou e comecei a estudar por meio das videoaulas. Passei a assistir lições do Prof. Neri Aldoir Neitzke, autor de mais de duas mil videoaulas sobre desenvolvimento de software e informática em geral, certamente um ótimo material de estudos. Entusiasmei-me tanto com o aprendizado desta manhã, que acabei por estudar mais tempo que o planejado (ou seja, três horas), e estudei durante cerca de três horas e meia. Aprontei-me às pressas e fui trabalhar. À noite, logo ao chegar em casa, retomei o estudo com as videoaulas. Porém não foi tão profícuo como o período da manhã, nem em termos de tempo de estudo e nem em aptidão para reter conteúdos. 




Às 7:00 da noite, afinal, eu já estava exausto depois de um dia de atividades. Fui à casa dos meus pais, onde encontrei meu irmão Gidenilson e minha cunhada, a Tania, que moram em São Carlos e estão de visita a São Paulo para tratamento do quadro depressivo de meu irmão, numa clínica que usa estimulação eletromagnética do cérebro, num tratamento bastante caro com uso de um aparelho que emite estímulos elétricos a diferentes regiões do cérebro. Minha cunhada parecia resfriada e sonolenta, e foi deitar-se logo após me cumprimentar. Porém permaneci bastante tempo conversando com meu irmão; primeiro sobre o aprendizado de computação em que estou investindo agora – ele é um grande expert no assunto mesmo sem ser diplomado. Terminamos por entrar no tema da depressão propriamente dita, e pelas coisas que ele falava, fiquei achando que ele está longe de ser realmente uma pessoa realizada e liberta da negatividade. Explicando melhor: ele ainda acredita que sua realização pessoal e felicidade só ocorrerá no dia em que ele arranjar um bom emprego, que ele goste e no qual tenha total prazer. A meu modo, e com sutileza na medida certa, disse-lhe que a felicidade não pode estar na dependência de circunstâncias ou eventos externos que queremos que aconteça, do contrário estaremos nos arriscando a sermos pessoas completamente frustradas; devemos sim lutar por aquilo que queremos, mas igualmente importante é ter capacidade na vida para conviver dignamente com aquilo que não queremos. Afinal, a vida não é um filme romântico ou conto de fadas, em que necessariamente todos conseguem aquilo que é justo e ficam felizes para sempre. Infelizmente a realidade não é esta, e precisamos, cada um a seu modo, encontrar dentro de nós mesmos os meios para uma auto-realização e liberação do espírito que não esteja na contingência de fatores flutuantes externos de nossas vidas. Como já era uma da madrugada, voltei pra casa na intenção de dormir o mais depressa possível. Imediatamente recebi uma mensagem de texto de minha mãe – que havia escutado toda a conversa -, agradecendo-me por ter falado umas ‘verdades’, no tom certo, para o meu irmão. Respondi à mensagem de minha mãe dizendo que aprendi, há muito tempo atrás, que não é possível fazermos com que outra pessoa entenda nossa perspectiva da realidade, a não ser que lhe mostremos que nós também entendemos a estrutura de realidade dela.  
Fui indisciplinado novamente e acessei a internet, onde investi tempo assistindo a vídeos no youtube ou conversando com amigos de facebook. Recolhi-me à cama somente por volta das 2:30 da madrugada. Mau negócio para meus estudos de amanhã de manhã.

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