sábado, 9 de junho de 2012

Sexta-feira, dia 08 de junho de 2012.
Não houve expediente de trabalho também hoje, tendo em conta a emenda do feriado de ontem com o final de semana. Não recordo bem a hora em que despertei, mas sei que certamente não levantei tarde. Assisti a várias videoaulas abordando a linguagem de programação e em seguida fui aos meus pais. Almocei, fiquei certo período do início da tarde fazendo companhia a eles, voltando pra casa em seguida a fim de chegar à academia no horário das 15:00 horas. Tive um bom treino, além de muito proveitoso. Havia apenas outro aluno praticando além de mim, o Kumura. O Marco nos enfatizou severamente a questão de nunca baixarmos a guarda durante a aplicação de socos, tendo em conta que já praticamos a arte marcial há mais de dois anos - socar com uma mão e deixar de manter a guarda do rosto com a outra é o tipo do erro que eu e o Kumura não podemos mais nos dar a luxo de cometer. Nosso horário de aula foi das três às quatro e meia, mas continuamos treinando extra-oficialmente até às cinco e meia da tarde, uma vez que não chegou nenhum aluno para o período das cinco. Ficamos treinando livremente chutes e aplicação de nunchakus, sempre sob a supervisão do professor.
Duas horas e meia de treino foram suficientes para que ficássemos fisicamente exauridos. Mas permanecemos na academia até por volta das sete da noite, batendo papo com o Marco enquanto recuperávamos o fôlego. Foi uma conversa bem interessante sobre história das armas de fogo, canhões e arcabuzes, além de fatos geopolíticos relativamente recentes como os últimos tempos do regime da cortina de ferro nos anos oitenta. Eu e o Marco temos quase a mesma idade, enquanto se pode dizer que o Kumura ainda é adolescente: está com dezoito anos, ou seja, cerca de duas décadas mais jovem do que nós. Conversamos sobre o quanto podia ser apavorante para uma criança dos anos oitenta assistir àquelas paradas militares transmitidas da Praça Vermelha, em Moscou, com todo aquele exército hiper disciplinado e o aparato bélico, especialmente os pujantes mísseis nucleares que desfilavam um após outro em comboios de grandes caminhões blindados. Sim, na minha mentalidade de criança ou púbere daqueles tempos, criado no seio de uma família batista da ultra-direita, aqueles eram sem dúvida os verdadeiros inimigos. E que poderosos inimigos eles eram!



Já passava das sete quando cheguei em casa. Assisti a mais uma ou duas videoaulas e fui tomado por um sono arrebatador que poucas vezes experimentara na vida. Apesar de saber que não é bom negócio se deixar dormir por esse horário, acabei tirando um longo cochilo das oito até às dez da noite. Quando afirmo que dormir nesse horário é mal negócio, é que perco o sono de praticamente toda a noite a seguir. Foi exatamente o que aconteceu: tomei dois gramas de rivotril e fui para a cama por volta da uma da madrugada sem o menor resquício de sono. Eram cerca de três e meia quando finalmente "desisti de dormir" e voltei à sala para ficar acessando a internet. Felizmente, encontrei minha amiga Luciane, com status online no MSN; mantivemos um entusiasmado e proveitoso diálogo por um bom tempo na madrugada adentro.

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