quinta-feira, 19 de julho de 2012

Guru Pema Sidhi Hum - Pie Jesu Domine

Ontem (dia 18 de julho de 2012) tive mais um dia de trabalho normal. Trabalhei cerca de uma hora além da minha obrigação de horário, e à noite fui à palestra do Lama Padma Samten (Lama budista gaúcho, ordenado pelo mestre tibetano Chagdug Tulku Rinpoche), no Centro Cultural Hiroshima. O tema em pauta foi "Lucidez diante das crises - a meditação como caminho". Preciso dizer que fazia algum tempo que me achava distanciado da prática budista: há semanas que não ia ao Centro de Estudos Budistas e, principalmente, não reservava alguns minutos do meu dia para meditação. Coincidência ou não - e estou convencido de que não -, ao longo destas semanas minha serenidade e lucidez espiritual

terça-feira, 17 de julho de 2012

Existe vida após o facebook

Terça-feira, 17 de julho de 2012.

Facebook proibido (pero no mucho!)
Em dois anos, este é o primeiro dia em que vivi sem minha conta de facebook. Deletei meu perfil ontem à noite após muito hesitar e refletir sobre o assunto. Extirpei o perfil, mas não necessariamente o facebook - explicarei isso mais abaixo. A internet, conforme creio ser consenso que todos saibam, é ferramenta utilíssima e, em minha opinião pessoal, uma das maiores revoluções tecnológicas e sociais que nossa civilização moderna já presenciou. Ainda assim, como qualquer outra coisa na vida, ela também pode ser mal utilizada e levar a resultados que não sejam os melhores (culpa-se aqui o usuário, e não a internet em si). Em meu caso particular, tenho razões para crer que ter uma conta no facebook não estava sendo um dos melhores investimentos em que poderia empregar meu tempo ou talento. Mesmo este Blog de anotações simples e sem pretensões, sobre a vida e pensamentos cotidianos, parece-me valer muito mais o emprego de meu empenho do que procurar coisas para postar numa rede social ou então "curtir" e "compartilhar" postagens, tiras jocosas com memes e outras formas de humor nem sempre muito construtivas. Uma coisa curiosa deste primeiro dia sem o perfil, é que só depois de tê-lo deletado percebi a real dimensão do tempo que eu dedicava a essa rede:

quinta-feira, 12 de julho de 2012


Segue o link de um vídeo de luta editado pelo Prof. Marco, em treino realizado no último sábado (07 de julho) na academia.


http://www.youtube.com/watch?v=fF5XdExgO9I&feature=youtu.be

Estes combates ocorrem a cada duas ou três semanas, e os vídeos são ferramentas muito úteis para posterior análise de falhas e acertos dos alunos a cada luta, com vistas ao aprimoramento da técnica marcial e da performance na prática de boxing. Este vídeo em particular contém dois rounds em que combatemos eu e o Professor. Obviamente, foi o Prof. Marco quem dominou plenamente os dois rounds do início ao fim. Quanto a mim, fico feliz em estar evoluindo em meu treinamento de San-da (boxe oriental) a cada dia de treino; e é claro que ainda tenho muito à frente para aprender.
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Terça-feira, dia 10 de junho de 2012.
À hora de sair para o intervalo do almoço, no trabalho, verifiquei meus bolsos e mochila e notei que minha carteira com dinheiro e documentos não estavam lá. Meu chefe Osmar L. emprestou-me uma nota de R$ 20 (10 USD) para que eu pudesse ir ao restaurante, e no ensejo aproveitei para comunicá-lo que talvez eu demorasse um pouco mais para retornar, dado que caminharia até em casa à procura da tal carteira. Em vez de ir propriamente a um restaurante, passei numa lanchonete e pedi duas empadas acompanhadas de um suco. Enquanto lanchava, percebi que minha carteira estava em um bolso lateral meio escondido da mochila. Paguei a conta da refeição e liguei para meu amigo da academia, Alexandre R., para saber se poderia fazer-lhe breve visita a fim salvar as lutas de sábado (dia 07) no meu pendrive. A resposta dele foi positiva, caminhei até seu apartamento no bairro da Liberdade onde ele me ofereceu uma cerveja e conversamos por algum tempo, enquanto ele copiava as lutas para meu dispositivo. Tenho grande respeito e admiração pelo espírito de luta deste meu amigo Alexandre R. Ainda no intervalo para o almoço, passei numa loja de artigos orientais a fim de comprar umas lembranças para os meus sobrinhos que vieram com sua família passar alguns dias aqui em São Paulo, estando hospedados nos meus pais. Comprei um nunchaku de plástico revestido de material esponjoso para o Lucas – o garoto veio aqui em casa e viu meu nunchaku de madeira; ficou realmente fascinado pelo artefato. Prometi-lhe que daria a ele, de presente, um nunchaku também muito legal, mas de plástico – para evitar que se machucasse. Também comprei uma pequena lembrança para minha sobrinha R. Ingrid, um sino dos ventos – daqueles com vários pequenos cilindros de metal alinhados em fios de náilon, e que penduramos como enfeite próximo a portas ou janelas produzindo o som de vários sininhos sempre que venta.
À noite fomos todos para uma apresentação do violinista André Rieu (não sei se ele é francês ou Holandês – apesar do nome mais pra francês), que se apresentava no estádio do Ibirapuera. Particularmente não é o tipo de espetáculo que eu pagaria para assistir: R$ 140 (ou 70 USD) para escutar valsinhas de Strauss e outras músicas “pop” do repertório clássico. Ok, devo admitir que Stravisnky, Schöenberg ou Alban Berg ainda são demasiadamente sofisticados para mim, e talvez sempre o sejam. Ao meu gosto, cairia melhor algo mais “digerível” como Mähler, Sibelius e Rachmaninov. Mas o repertório do André Rieu... Bem, para quem conhece, sem comentários. Não considero uma performance da música erudita (nem de longe!), mas sim um show de cores, comédia, musicistas bonitas (e este item em particular eu achei ótimo) e fanfarronices para um público que jamais assistiria a um concerto com peças clássicas de nível realmente sofisticado. Ainda assim, foi um bom entretenimento ter estado presente ao evento, mormente por conta dos meus queridos familiares que lá estiveram: meus pais, meu irmão G. Lúcio, sua esposa e os filhos Lucas de doze anos e R. Ingrid de dezesseis.


Meus pais, minha cunhada A. Mendes, meus sobrinhos e eu frente ao Estádio Ibirapuera.
Mão da R. Ingrid ao centro - sou o único que nota certos detalhes interessantes na família.


Considerando-se que sou alguém quase sempre como um peixe fora d’água em meio à própria família, e uma pessoa que se questiona até que ponto é parte de alguma família de fato (não por qualquer má vontade minha ou de meus familiares, mas por fatores como divergentes concepções de mundo, crenças e outras discrepâncias em quase todos os sentidos), achei muito positivo o saldo deste encontro familiar no evento especial desta noite. Minha mãe, sempre disposta a fortalecer os laços familiares entre seus filhos e netos, sem distinção, foi quem pagou o preço de todas as entradas.
Ao chegarmos de volta a casa de meus pais, finalmente presenteei o sobrinho Lucas com seu nunchaku de plástico (mesmo sendo “de brinquedo”, não deixa de ser um nunchaku bonito, preto e ornamentado com temas orientais ao longo dos cilindros). Recebi um abraço carinhoso deste querido sobrinho, e em seguida anunciei à sua irmã R. Ingrid que havia trazido algo especial também para ela: dei-lhe a caixinha embrulhada contendo o sino dos ventos, pelo que também recebi um abraço amável e agradecido.
A terça-feira foi um dia cheio de detalhes de pequenas coisas agradáveis, aparentes banalidades que carregam da vida todo encantamento que, de maneira simples, quase sempre está ao nosso alcance; mas que no fim das contas nem sempre percebemos em nosso dia-a-dia de pessoas comuns.

terça-feira, 10 de julho de 2012


Neste sábado de manhã fui à academia – hoje é aquele dia “especial” em que os alunos devem combater uns com os outros. Ontem (sexta) aproveitei a hora do almoço e, além de ir ao dentista, fui à loja de material esportivo e comprei novas luvas e um par de caneleiras, além de proteína e aminoácidos. Afinal, se preciso boxear um sábado por mês, que eu esteja razoavelmente equipado com material de boa qualidade. Tudo muito caro: as caneleiras Pretorian a R$ 170 (85 USD) e as luvas da mesma marca por volta de R$ 100 (50 USD). Calcei as caneleiras ao chegar em casa e tive a certa impressão de que o material é ótimo: dei vários socos fortes na perna sobre a caneleira e não senti dor alguma (ou, pelo menos, senti bem pouco). Gostei das lutas de sábado; eu estava nitidamente mais relaxado. Confesso que fiz algo que não costumo fazer antes de treinar, ou seja, tomei 1 grama de Rivotril (calmante) enquanto me aprontava para ir à academia, pois a verdade é que ainda sinto certa tensão nervosa em dias de prática como a de hoje. Mas para alguém como eu, acostumado a uma dose diária bem superior a 1 grama, sei que esta pequena quantidade é inócua em termos práticos. Em todo caso, fiz apenas duas lutas, e boas lutas: com o Prof. Marco e meu colega Romano. Dei graças a Deus que o Marco (que mais parece um trator, um tanque de guerra nas lutas), estava aplicando golpes mais brandos e sem “castigar” muito os alunos. Mas como já há um bom tempo que não boxeio com ele, outra possibilidade é que eu mesmo tenha me tornado mais resistente e menos vulnerável aos ataques dele. A segunda luta, com o Alexandre R., também considerei ter resultados muito positivos: este colega é muito resistente, forte e atarracado, e de golpes potentes e rápidos. Não lembro de ter levado nenhum soco realmente forte, acho que saí bem ileso também nesta luta. Ao final de nosso segundo round (cada round com 2 minutos), consegui encaixar uma boa sequência de quatro ou cinco socos no rosto e tronco do Alexandre, sendo o último golpe um gancho na altura das costelas que fez com que interrompêssemos o round, impossibilitando o Alexandre de tomar parte nas lutas seguintes de hoje. Ora, esse tipo de lesão é passível de ocorrer nos combates; mesmo assim pedi desculpas sinceras ao Alexandre, ao que ele respondeu que estava tudo bem, já que ele mesmo se considerava o culpado em não ter feito uma defesa adequada. De um jeito ou de outro, incomodou-me um pouco a lembrança de ter golpeado fortemente este colega, mas sou grato por não ter ocorrido nada mais grave. Enfim, o resultado geral desta manhã foi positivo, creio eu. Acho que consegui aplicar mais chutes (uso das pernas), bem como sequências de golpes conforme o Marco havia me instruído a fazer nos boxings. Obviamente que o uso das caneleiras novas deve ter me influenciado no sentido de sentir-me mais seguro para desferir chutes. Com o tempo e a prática, estarei habituado a utilizar também as caneleiras pouco firmes da academia durante os combates, sem maiores receios ou bloqueios mentais. Questão de habituar-se, sempre.
No caminho de volta a casa comprei as três latinhas de Valentins no mercadinho de sempre. Pus tudo na geladeira, no congelador, a fim de tomá-las ainda hoje na parte da tarde; e foi isso o que fiz. Tomei as cervejas, acessei a internet (Facebook, e-mail ou Blog), e acabei tirando um bom cochilo vespertino. Despertei e fui à casa dos meus pais para um almoço tardio. Ao cair da noite decidi ir à locadora e pegar um DVD do filme Era Uma Vez no México, dirigido por Robert Rodrigues e estrelando Antonio Banderas e Salma Hayek. Gosto muito dos filmes do Robert Rodrigues; para mim, são verdadeiras caricaturas na tela de cinema, é como se eu estivesse lendo histórias em quadrinhos através de um filme.
Terminada minha sessão particular de cinema em casa, sintonizei na transmissão do UFC 148, com a luta de Anderson Silva e Chael Sonnem. Apesar de eu gostar de praticar arte marcial, confesso que não sou grande adepto de assistir campeonatos ou ficar acompanhando lutas seja lá quais forem. Mas a de hoje, em especial, teve um outro grau de importância: o falastrão Sonnem, em suas declarações a imprensa, há meses desrespeita o Brasil, o Anderson Silva e família. Sei que isso tudo faz parte do marketing para vender a luta aos espectadores, mas sinceramente acredito que o americano andou pegando pesado, e muito, por ocasião de todas essas entrevistas. Quase fui ao delírio quando o vi no solo, levando uma boa joelhada e vários socos de direita desferidos pelo Anderson, que obteve vitória por nocaute técnico. Pra mim, por simplista e ingênua que seja esta percepção, encarei a luta como um espetáculo de “vitória do bem contra o mal”. Um pouco de fantasia na dose certa não faz mal a ninguém – especialmente quando esta fantasia tem lá o seu quê de verdade.

sábado, 7 de julho de 2012

Numa só postagem vou tentar falar da quinta e da sexta (missão quase impossível, mas vamos lá).

Expediente normal de trabalho na quinta. Ainda sinto falta da minha pequena dose de ritalina ao dormir, que me deixa "esperto" quando da hora de levantar da cama. Sempre que acordo e me ponho a aprontar para ir ao serviço, pareço mais um zumbi sonâmbulo que um ser humano que acaba de acordar radiante para mais um dia. Ao final do dia de expediente levei um documento para o Dr. A. Suzuki (o juiz substituto) para que ele assinasse. É uma certidão que será enviada ao setor de recursos humanos do tribunal, comunicando que compensei todos os dias da greve de que participei no ano de 2010. Aproveitei a oportunidade para deter-me um pouco e conversar de forma mais prolongada com este amigável e singelo juiz de direito: expliquei-lhe que fiz a greve no ano de 2010 e que não tenho pretensões de participar de movimentos reivindicatórios da mesma natureza. Acontece que aquele movimento grevista teve pouquíssimas adesões - menos de 10%, talvez de 5% do total da categoria -, ou seja, aqueles poucos, como eu, que permaneceram no movimento acabaram por se tornar verdadeiros mártires. A princípio isso pode parecer uma escolha honrosa (e creio que tenha até sido). Mas por fim, expliquei ao juiz que concluí que uma greve deve ser, essencialmente, movimento de massas com grandes contigentes de pessoal. Não se pode fazer nenhum tipo de "revolução" sem o apoio e adesão da grande massa; se Che Guevara e Fidel Castro tomaram Havana, nao havia só Che e Fidel pegando em fuzis. Obviamente que havia todo um planejamento estratégico, e acima de tudo uma massa humana muito grande composta de camponeses, intelectuais, operários e demais camadas populacionais descontentes com o regime de Fulgêncio Batista. Não existem heróis individualizados. A massa populacional, o povo, este sim é o agente promotor de qualquer mudança significativa no sistema e na sociedade. Mas apenas eu, praticamente sozinho? Ah, isso não! Para uma mudança revolucionária no sistema desigual e injusto, é necessário um exército coeso de homens e mulheres. E nunca ouvi falar de algum exército de um homem só.
Na conversa com o Dr. Suzuki expliquei-lhe esta minha visão particular sobre movimentos sociais como os de greve, e tivemos uma conversa bastante esclarecedora e amigável. Este descendente de japoneses é realmente um ser humano que preza pela equanimidade, harmonia e equilíbrio no diálogo entre todas as hierarquias.


Minha participação na greve do Tribunal de Justiça em 2010. Mais de 120 dias em greve. Muito orgulho em lutar por uma causa justa junto a muitos companheiros valorosos e fiéis a seus ideais de igualdade e justiça.


Sexta-feira, dia 06 de junho de 2012. Fui ao dentista à hora do almoço - o dente de metal prateado que ele mandou moldar encaixou muito bem na base, mas ficou um bocado alto em relação à arcada dentária. Demorou um bom tempo até que ele, com seu equipamento de broca e papel tipo "filme" que media as mordidas, diminuísse o dente metálico até o tamanho adequado para minha arcada. Trabalhei até às sete da noite para compensar um atraso - e assim, não ter um terço do meu dia de trabalho descontado em folha de pagamento. A Coordenadora da seção, D. B. Antonio, está de férias; a chefia de nosso setor passou temporariamente para as mãos de O. Leandro, que é um homem de visão sóbria e sensata sobre o trabalho com quem particularmente me dou muito bem. Já tivemos lá nossas "brigas" é verdade, mas acredito que com o Leandro há um diferencial: ele chega com você na hora, aponta seus supostos erros, faz as criticas, e repreende o funcionário na cara dele quando necessário. Particularmente gosto muito desse jeito de trato entre chefia e subordinados! Acho bem melhor do que  a atidude da Coordenadora D. Antonio, que nunca diz a você diretamente, e na sua frente, aquilo que ela acha estar errado - pelo contrário, dá risadinhas e faz dissimulações, e quando a pessoa se ausenta para o almoço ela começa a fofocar com os colegas sobre que o funcionário tal faz isso ou aquilo incorretamente, etc.
À noite e em casa, após dar uma olhada em alguns vídeos no youtube sobre o filme "Era Uma Vez no México", tive a curiosidade de alugar este DVD para assistir no final de semana. Fui de ônibus até à videolocadora e trouxe comigo o DVD, para assistir durante este fim de semana prolongado.

À noite fui à casa dos meus pais para jantar; meu irmão e minha cunhada, bem como a filhinha deles de cinco anos, estavam presentes. Comi rapidamente e retornei a casa para dormir: amanhã tenho prática de boxing na academia e preciso estar descansado e bem-disposto para a luta deste sábado.

Finalizando, vejo que nenhum daqueles que acompanham minhas postagens (nem dos que acessam aqui do Brasil, da Alemanha, dos Estados Unidos ou da  Rússia), postaram comentário. Continuo aguardando contato dos senhores/senhoras. Para mim, vocês já estão ficando parecidos com a figura de "Deus": às vezes sinto que vocês existem, mas nunca posso ter absoluta certeza de que vocês existem de verdade. Não tenho evidências!
Abraços a quem estiver lendo. A quem não estiver lendo, abraços da mesma forma.
Gláucio Santiago.

quinta-feira, 5 de julho de 2012


Antes de postar:
Por que será que nenhum dos frequentadores deste Blog (se é que eles existem), nunca comentam nenhuma postagem? Como tenho frisado, gosto de escrever estes registros para mim, pois sei que me serão muito importantes algum dia com o passar dos anos. Mas confesso que a curiosidade às vezes me assalta em saber se realmente existe alguém aí "do outro lado".  Pelas estatísticas do Blog que posso visualizar, acredito que não mais de três ou quatro pessoas, no mundo inteiro, leem aquilo que coloco neste espaço. Fico de fato surpreendido com essa estimativa e com esses números, pois pensei que nenhuma pessoa teria interesse em ler algo de um homem comum - não-escritor, simples funcionário de baixo ou médio escalão do governo, ex-cristão e hoje agnóstico/budista, praticante de artes marciais, tocador de violão e, acima de tudo, anônimo. Parece que existe somente uma pessoa na Alemanha, outra nos Estados Unidos e, mais recentemente, alguém da Rússia. No máximo um ou dois leitores no meu próprio país. O que acontece, afinal? Vocês existem? Respondam-me se quiserem, mas por favor não se constranjam a isso. O idioma não interessa: pode ser em inglês, alemão, russo ou até mesmo chinês - afinal, google translator serve para essas coisas!

Na quarta-feira do dia 04 de julho levantei da cama normalmente (leia-se, ainda embriagado pelo sono e quase tropeçando em portas, sofás, cadeiras etc. antes e alcançar o banheiro para tomar a ducha gelada conforme quase sempre faço pelas manhãs – parece que só após meu corpo inteiro tremer e cada fibra muscular se contorcer em espasmos pela água gelada, é que me sinto vitalizado e bem-disposto para iniciar definitivamente o meu dia).
Rotina regular no trabalho, sem qualquer detalhe digno de nota ao que eu possa agora lembrar. Aproveitei o intervalo da hora do almoço para ir ao cabeleireiro e pedir um corte de máquina um nas laterais e tesoura na parte superior da cabeça. Meus cabelos crescem rapidamente nos lados da cabeça, o que com o tempo causa certa dificuldade de penteá-los na região das costeletas e ao redor das orelhas. Agora, com o corte bem curto de máquina um pelos lados, posso considerar-me livre dessa dificuldade por ao menos um tempo razoável. Este desenho deixa minha cabeça ligeiramente parecida com a de alguém que esteja servindo as forças armadas. Seja lá como for, acredito que é o jeito de cortar que mais combine com meu formato de cabeça e rosto.
Cheguei em casa muito cansado e precisei relaxar e cochilar brevemente sobre o colchão por alguns minutos, apesar de já encontrar-me em cima da hora para ir à academia. Enquanto minha mente começava a devagar, sonolenta e preguiçosa enquanto eu permanecia inertemente deitado de bruços no colchão, fui tomado pela aversão de levantar-me dali para ir à academia. Estava realmente cansado e indisposto e, além disso, àquelas alturas já chegaria mesmo atrasado ao treino. Entretanto, num último impulso de força de vontade e ímpeto de partir para a luta e me deixar levar pela prática marcial, saltei da cama, aprontei-me e saí às pressas para o treino. Não me arrependi de ter ido treinar. Digno de nota: NUNCA me arrependo de comparecer a um treino; arrependo-me sim, provavelmente, de permanecer em casa deitado, ou na internet ou simplesmente fazendo nada.
Ao final dos treinos de hoje, o Prof. Marco me orientou a aplicar sequências de golpes do tipo jab-direto-gancho, sempre ao boxear. Deu-me essa dica, pois geralmente atinjo somente um desses golpes em meu adversário e recuo em seguida, oferecendo assim ao oponente tempo suficiente de se recuperar e revidar-me com todas as forças.  Teremos um boxing no sábado do qual pretendo participar, como há três semanas passadas. Espero lembrar-me dessas e de outras orientações do Marco, como maior quantidade de uso dos variados chutes. Em suma: mais golpes em sequência, e mais pernas. No geral, entretanto, acredito que não é nenhum exagero afirmar que tenho tido um desempenho bem satisfatório nas práticas de luta em minha academia.
Hoje à noite, das dez até por volta das onze e meia, havia a partida final pela taça Libertadores da América, com o Corinthians pelo Brasil e o Boca Juniors pela Argentina. Sou brasileiro e mesmo assim torci pela vitória do time argentino. Explico: o Brasil já foi campeão mundial de futebol várias vezes, estando muito à frente de qualquer outro país em termos de copa do mundo. Não é mais como nos tempos da minha infância, quando Brasil, Argentina, Alemanha, Itália etc. disputavam a ferro e fogo o campeonato mundial, e de igual para igual. Naquela época sim, um jogo da seleção brasileira era coisa realmente emocionante e arrebatadora para meu espírito de garoto. Finalizando, preciso confessar que nunca fui realmente grande fã de futebol ao longo da minha vida toda, e atualmente sou menos ainda.
Enfim, o time brasileiro (Corinthians) acabou por ganhar a partida – minha torcida pelo Boca não surtiu muito efeito. Fogos e rojões estouraram madrugada adentro por várias horas, e eu, que já sou naturalmente insone e péssimo de dormir, tive uma lastimável noite de sono tanto no aspecto quantitativo – dormi por menos de quatro horas -, quanto no qualitativo. De qualquer jeito, mesmo não sendo entusiasta por futebol (e muito menos pelo Corinthians!), alegro-me ainda pela alegria de tantos milhões, absurda para mim como ela possa parecer. Já desisti de tentar que os outros compreendam meus absurdos; talvez o melhor caminho seja que eu tente encontrar formas de entender contemplativamente os absurdos dos outros. 
Parabéns Corinthians, parabéns futebol, parabéns Brasil.




quarta-feira, 4 de julho de 2012


Mais um dia em que chego depois do horário ao trabalho, desta vez com atraso de uma hora. A tal Ritalina realmente está me fazendo falta – tenho apenas quatro comprimidos na cartela e estou relutante em tomar qualquer um deles, pois não tenho data certa para ir ao neurologista ou psiquiatra e conseguir nova prescrição. Apesar dos atrasos de ontem e de hoje, meu serviço com os processos e toda a papelada está relativamente em dia, o que tem sido motivo de contentamento e tranquilidade a mim ultimamente. Esta afirmação soa otimista e positiva numa primeira e mal analisada vista, mas preciso salientar que se trata exatamente do oposto. Se meu espírito está sereno devido a uma temporária bonança em meio à tempestade no meu ambiente de trabalho, isso é algo preocupante; significa que meu sentimento de tranquilidade e alegria interior está no nível da causalidade (ou seja, depende de fatores externos a mim, circunstâncias flutuantes que podem sofrer reviravoltas imprevisivelmente a qualquer tempo).
A procuradora da União (advogada federal) com quem fui ao cinema no sábado apareceu no cartório para despachar processos, e com ela estava sua inseparável amiga I. Castro. Castro é procuradora federal também e um dos seres humanos de personalidade e presença mais fascinantes que já conheci em treze anos de trabalho no tribunal: cheia de tatuagens de várias cores, com dragões, espadas, pássaros e uma variedade de outros ícones cobrindo ambos os braços. Tem aproximadamente a minha idade, é baterista de uma banda de trash metal (atualmente procurando vocalista), e anda toda vestida de preto. É uma pessoa muito autêntica em seu modo de falar e agir; não me admira que ela (Castro) e a procuradora com quem saí sejam amigas assim tão próximas. Ambas são mulheres maduras, bonitas, interessantes e com boa presença de espírito, sendo que Castro é um pouco mais jovem – e casada!
Enquanto fazia carga de processos para as duas no sistema informatizado, aproveitei para conversar sobre os filmes que emprestei àquela com quem saí, e sobre vários outros filmes – pode-se dizer que este assunto está entre nossas predileções. Expliquei-lhes que um de meus favoritos, “Depois de Horas” (After Hours) de Martin Scorcese, emprestei a certa amiga que nunca mais devolveu – “amigos” assim é tudo de que não preciso atualmente. Elas comentaram sobre uma loja bem próxima ali ao prédio, Museu do Disco, que tem tudo o que se possa imaginar em DVD’s, CD’S, filmes raros, clássicos etc. Não deu outra: em meu intervalo para o almoço fui até o tal lugar e comprei o Depois de Horas, juntamente com outro filme que eu já assistira e que é raríssimo de se encontrar, “Häxan” (filmado entre 1919 e 1922, sobre a idade média e o frenesi da caça às bruxas naquele período). Fiquei extremamente feliz em ter reencontrado estas raridades, cujo preço nada teve de barato – cerca de R$ 40 ou 20 USD cada DVD. Mas enfim, é para isso mesmo que eu trabalho, para saber apreciar os pequenos prazeres que a vida oferece aqui e ali; acredito que isso seja fundamental para uma vida digna e minimamente gratificante.
Abaixo, uma foto dos dois filmes que comprei, frente à TV de 42 polegadas que faz vezes de monitor para o laptop enquanto redijo esta postagem no Word:



Hoje à noite tentei uma mudança radical na minha rotina de ir para a cama e dormir: retirei o colchão do quarto e procurei encaixá-lo sobre o sofá, de modo que eu pudesse assistir a um bom documentário no youtube enquanto o sono me chegava aos poucos. Com mouse sem fio e teclado com cabo estendido, ficou fácil manipular o documentário para assisti-lo deitado no colchão e já preparado para dormir. Aparentemente tudo funcionou e o sono não tardou a chegar – pelo menos desta vez.

terça-feira, 3 de julho de 2012


Nesta segunda de manhã tive sérias dificuldades para levantar da cama. Cheguei com duas horas de atraso ao trabalho, o tempo máximo tolerável de atraso, possível de repor com horas extras nos próximos três dias. Sempre tive dificuldade enorme para despertar no período da manhã, a luta minha comigo mesmo parece tomar proporções apocalípticas às vezes – sem exagero. Na minha postagem sobre sábado, por exemplo, pode-se ver que despendi preciosos minutos ainda na cama após ser despertado, absorto pelo sério dilema de levantar para ir treinar ou permanecer deitado no conforto (afortunadamente, e a muito custo, acabou prevalecendo a primeira opção). É muito fácil que algum leitor, a partir destas linhas, julgue que eu seja uma pessoa indolente, preguiçosa, comodista e sem o menor autocontrole. Porém acrescente-se o detalhe: se eu tomar um comprimido de Ritalina ao deitar à noite (princípio ativo metilfenidato, medicação indicada principalmente para crianças que sofrem de TDAH), acordo muito cedo, “pilhado” e com vontade fazer tudo; praticamente dou um salto entusiasmado da cama para a vida. E isso após quatro horas de sono apenas. O que acontece comigo, então? Preguiça, desânimo e falta de vontade, ou simplesmente uma configuração particular de minha estrutura cerebral com suas implicações na química mental e no meu comportamento?
Hora do almoço. Saindo do restaurante, lembrei-me de comprar a corda Mi (primeira corda) para o meu violão, pois há dias notei que havia quebrado. Pra dizer a verdade, já há várias semanas que não pego realmente no violão para tocar qualquer coisa, nem mesmo para voltar a praticar e aprimorar a execução das músicas que já sei. Fui à Casa Vitalle, tradicional loja de música no centro da cidade. Trata-se de um prédio antigo bem conservado, uma loja de artigos musicais que qualquer instrumentista de São Paulo necessariamente conhece. Seus preços não são muito convidativos, porém como todo meu interesse jaz num simples encordoamento para violão (paguei R$ 15, ou 7,5 USD pelas seis cordas), não houve razões financeiras para que eu não visitasse a casa e concretizasse minha compra.
Casa vitalle, vista da rua Quintino:

Casa Vitalle vista da rua Quintino



Na rua Riachuelo: foto tirada quando caminhava de volta ao trabalho retornando do almoço. No muro de um estacionamento, o grafiteiro anônimo simbolizou a expressão abatida de um pássaro engaiolado. É a vida de amargura e desolação de um detento sem culpa; e o semblante daqueles para quem esta vida não reserva mais esperança. Compreendo o pássaro triste, pois em muitos momentos vivencio sentimentos parecidos com os dele.






À noite não fui para o treino, pois quis optar por outra forma de ocupar meu tempo neste final de segunda-feira; farei as devidas compensações indo à academia noutros dias desta semana que apenas ainda começa. Já em casa, substituí a corda quebrada do violão pela nova, e dedilhei algumas das músicas que havia aprendido há meses nas partituras e que agora já sabia de cor. As notas e acordes soaram belamente aos meus ouvidos; era um som do qual eu sentia verdadeiras saudades – saudades até maiores do que eu próprio supunha. As vezes, é preciso que reencontremos algo ou alguém, para termos real noção da dimensão da falta que aquilo nos fez. Após alguns minutos tocando-o solitariamente, levei-o comigo para fora do apartamento, entrei no elevador e fui dedilhando-o até a casa dos meus pais, do outro lado da rua. É que tive a ideia de tocar um pouco para eles, ao considerar que minha mãe é uma pessoa de alma e feições quase sempre muito tristes e angustiadas por muitas negatividades do passado e presente (e futuro...). Sempre soube que a música tem o poder de invocar sentimentos alegres num lar.
Ao chegar ao apartamento de meus pais, porém, notei que ambos estavam em bom espírito, e voltei a dedilhar minhas músicas prediletas que tinha aprendido ao violão, peças do repertório clássico do instrumento para aprendizes iniciantes (do mexicano Antonio Cano e do italiano Carulli). Meus pais muito se alegraram com as melodias e o belo som do violão, minha mãe me deu um abraço. Após o jantar, tomei o instrumento de volta nas mãos e caminhei com ele na travessia da rua para casa, sentindo-me contente em ter utilizado meu período noturno de hoje da melhor forma que me pareceu, e de não me arrepender nem um pouco por isso.


segunda-feira, 2 de julho de 2012



Levantei da cama somente muito tarde neste domingo, ou seja, depois da uma da tarde. Procurei ver algo na internet (escrever para o Blog ou acessar facebook), mas a verdade é que uma desmotivação e marasmo generalizado pareciam querer dominar todo o meu ser para o resto do dia. Fui aos meus pais, almocei, e pequei emprestado de minha mãe a máquina picotadora de papel que ela comprou recentemente. Já novamente em casa, passei alguns velhos documentos no aparelho, a fim de inutilizá-los definitivamente para encaminhamento ao cesto de lixo do condomínio. Durante a tarde saboreei a última lata da minha Valentins Weissbier e resolvi ligar para minha amiga Aninha, que ainda treina kung-fu na mesma academia onde comecei há dois anos atrás. Falei-lhe sobre a mulher mais velha e madura com quem havia saído, ela me contou sobre o ex-namorado dela, também mais velho, com quem teve um rompimento há pouco tempo – compartilhamos experiências. Falamos sobre nossos treinos, carreiras e uma porção de outras coisas pequenas que fazem parte do nosso diálogo amigo. Aninha é uma pessoa do bem, de boa índole e caráter, além de muito ponderada em todas as coisas – é assim que a vejo, pelo menos. Devo-lhe uma visita qualquer final de semana destes, afinal, moramos praticamente no mesmo bairro.À noite assisti ao filme “Regras da Vida”, sobre um garoto que cresce num orfanato e é praticamente adotado pelo médico que dirige a instituição. Um drama muito sensível porém sem exageros, bem ponderado e na medida certa (não cai na pieguice, é o que quero dizer).
Como estivesse sem o menor sinal de sono para esta noite de domingo, assisti a um documentário no Discovery HD sobre as maravilhas arquitetônicas e monumentos históricos da China (retirei as legendas para assistir exclusivamente em inglês – é importante para mim que eu mantenha ao menos um mínimo de exercício da língua inglesa, a cujo aprendizado me dediquei ao longo de anos em minha vida). Achei especialmente interessante a matéria sobre o grande Buda de Leshan, a maior estátua de Buda já construída. Já eram quase quatro da manhã quando decidi desligar computador e televisão para ir ao quarto tentar dormir. Deitei na cama, liguei o tablet e assisti ao vídeo com os ensinamentos Lama P. Samten, enquanto relaxava a mente e me preparava para mais uma noite de sono tardio – já devia passar das quatro e meia da madrugada.

domingo, 1 de julho de 2012

No sábado, dia 30 de junho de 2012, precisei travar uma pequena batalha comigo mesmo na hora de levantar da cama, pois minha motivação estava dividida pela metade: continuar desfrutando o conforto do colchão entre os lençóis, ou colocar-me preguiçosamente de pé e me aprontar para sair de casa e suar na academia? A decisão final foi de ir para a academia, sendo realmente uma escolha difícil pra mim nesta manhã. Obviamente que, uma vez tendo levantado da cama para ir treinar, de imediato percebi que aquela havia sido a melhor opção (se eu continuasse na cama dormindo ou me espreguiçando, certamente me ocorreria uma pequena depressão ou sensação de inutilidade ou de perda do dia).
Após o treino, passei no mesmo mercadinho da Nestor para comprar mais três latinhas da cerveja Valentines, sendo que consumi duas latas ainda na tarde de hoje enquanto acessava a net para ver algo no youtube, facebook ou para escrever o Blog. Um incômodo para mim nesta tarde foram as batidas, marteladas ou marretadas, que ecoavam insistentemente por todo o prédio onde moro, pondo minha tranquilidade realmente à prova. Alguém estava reformando algum apartamento e, até onde eu sei, reformas são proibidas pelo condomínio aos finais de semana. Como o som das marretadas me importunasse muito, liguei o som num volume bem alto e escutei blues enquanto acessava a net e tomava minha cerveja (Bo Diddley, Muddy Waters). Foi nestas circunstâncias que nasceu a postagem que você leu ontem.
À noite fui ao cinema em companhia da procuradora federal sobre quem comentei em postagens anteriores. É uma mulher realmente atraente, bem articulada e muito interessante, além de ser uma pessoa de maneiras encantadoramente simples. Obviamente não lhe perguntei a idade, mas tudo indica que ela é uma pessoa madura com quatro ou cinco anos de idade a mais que eu. Nunca tinha me ocorrido pensar em flertar com alguém cinco anos mais velha que eu, mas decidi encarar meu encontro como uma possibilidade a mais, alguém com quem eu poderia, no mínimo, assistir a um bom filme e ter uma ótima conversa; e foi exatamente isso o que aconteceu.
Assistimos no cine Reserva a um filme que estreava hoje, Fausto, adaptação livre da obra de Goethe e dirigido pelo russo Alexandr Sokurov. Excelente trabalho de produção com base na obra literária; fotografia, maquiagem e atuações simplesmente fenomenais. Cada cena do filme primorosamente desenvolvida num clima onírico e surreal. Preciso confessar, no entanto, que não entendi praticamente nada! Não li Fausto, tudo o que tenho são noções superficiais sobre a história: um homem ligado à alquimia vende sua alma ao diabo em troca de conhecimentos. O filme é repleto de ricas nuances e detalhes, uma obra-prima do cinema europeu certamente. Para quem tenha lido Fausto, não tenho dúvidas de que esta adaptação cinematográfica seja um espetáculo imperdível.
Após o filme, fomos até o barzinho na Paulista próximo ao museu de arte moderna, barzinho este sobre o qual falei em postagem anterior (tendo postado também uma foto). Tomamos pouca cerveja, mas tivemos muita conversa agradável e uma afinidade muito grande em gostos, ideias e pontos de vista. Foi um momento realmente prazeroso para mim neste fim de semana. Já passava das duas da madrugada quando paguei a conta e a acompanhei, caminhando, até a frente do prédio em que ela mora. Falamos sobre assistirmos a algum outro filme e nos despedimos. Isso foi tudo o que aconteceu. Peguei um táxi de volta pra casa, afinal já era bem tarde madrugada adentro e eu já sentia que meu corpo estava lento e cansado.