domingo, 1 de julho de 2012

No sábado, dia 30 de junho de 2012, precisei travar uma pequena batalha comigo mesmo na hora de levantar da cama, pois minha motivação estava dividida pela metade: continuar desfrutando o conforto do colchão entre os lençóis, ou colocar-me preguiçosamente de pé e me aprontar para sair de casa e suar na academia? A decisão final foi de ir para a academia, sendo realmente uma escolha difícil pra mim nesta manhã. Obviamente que, uma vez tendo levantado da cama para ir treinar, de imediato percebi que aquela havia sido a melhor opção (se eu continuasse na cama dormindo ou me espreguiçando, certamente me ocorreria uma pequena depressão ou sensação de inutilidade ou de perda do dia).
Após o treino, passei no mesmo mercadinho da Nestor para comprar mais três latinhas da cerveja Valentines, sendo que consumi duas latas ainda na tarde de hoje enquanto acessava a net para ver algo no youtube, facebook ou para escrever o Blog. Um incômodo para mim nesta tarde foram as batidas, marteladas ou marretadas, que ecoavam insistentemente por todo o prédio onde moro, pondo minha tranquilidade realmente à prova. Alguém estava reformando algum apartamento e, até onde eu sei, reformas são proibidas pelo condomínio aos finais de semana. Como o som das marretadas me importunasse muito, liguei o som num volume bem alto e escutei blues enquanto acessava a net e tomava minha cerveja (Bo Diddley, Muddy Waters). Foi nestas circunstâncias que nasceu a postagem que você leu ontem.
À noite fui ao cinema em companhia da procuradora federal sobre quem comentei em postagens anteriores. É uma mulher realmente atraente, bem articulada e muito interessante, além de ser uma pessoa de maneiras encantadoramente simples. Obviamente não lhe perguntei a idade, mas tudo indica que ela é uma pessoa madura com quatro ou cinco anos de idade a mais que eu. Nunca tinha me ocorrido pensar em flertar com alguém cinco anos mais velha que eu, mas decidi encarar meu encontro como uma possibilidade a mais, alguém com quem eu poderia, no mínimo, assistir a um bom filme e ter uma ótima conversa; e foi exatamente isso o que aconteceu.
Assistimos no cine Reserva a um filme que estreava hoje, Fausto, adaptação livre da obra de Goethe e dirigido pelo russo Alexandr Sokurov. Excelente trabalho de produção com base na obra literária; fotografia, maquiagem e atuações simplesmente fenomenais. Cada cena do filme primorosamente desenvolvida num clima onírico e surreal. Preciso confessar, no entanto, que não entendi praticamente nada! Não li Fausto, tudo o que tenho são noções superficiais sobre a história: um homem ligado à alquimia vende sua alma ao diabo em troca de conhecimentos. O filme é repleto de ricas nuances e detalhes, uma obra-prima do cinema europeu certamente. Para quem tenha lido Fausto, não tenho dúvidas de que esta adaptação cinematográfica seja um espetáculo imperdível.
Após o filme, fomos até o barzinho na Paulista próximo ao museu de arte moderna, barzinho este sobre o qual falei em postagem anterior (tendo postado também uma foto). Tomamos pouca cerveja, mas tivemos muita conversa agradável e uma afinidade muito grande em gostos, ideias e pontos de vista. Foi um momento realmente prazeroso para mim neste fim de semana. Já passava das duas da madrugada quando paguei a conta e a acompanhei, caminhando, até a frente do prédio em que ela mora. Falamos sobre assistirmos a algum outro filme e nos despedimos. Isso foi tudo o que aconteceu. Peguei um táxi de volta pra casa, afinal já era bem tarde madrugada adentro e eu já sentia que meu corpo estava lento e cansado.

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