quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Mahalia Jackson, Virtudes, Desvirtuos



Acabei de escutar, pelo youtube, uma canção cuja mensagem me comunica um sentimento belíssimo, interpretada por Mahalia Jackson. Segue o link da música no youtube, em conjunto com a transcrição da letra: 

http://www.youtube.com/watch?v=HJdW8tfV0Ak

Put a Little Love in Your Heart
(Mahalia Jackson)


Think of Your Fellow Man
Lend Him a Helping Hand
Put a Little Love in Your Heart
You See It's Getting Late
Oh, Please Don't Hesitate
Put a Little Love in Your Heart
And the World Will Be a Better Place
And the World Will Be a Better Place
For You and Me

You Just Wait and See
Another Day Goes By
And Still the Children Cry
Put a Little Love in Your Heart
If You Want the World to Know
We Won't Let Hatred Grow
Put a Little Love in Your Heart
And the World Will Be a Better Place
And the World Will Be a Better Place
For You and Me

You Just Wait and See, Wait and See
Take a Good Look Around
And If You're Lookin' Down
Put a Little Love in Your Heart
And I Hope When You Decide
Kindness Will Be Your Guide
Put a Little Love in Your Heart
And the World Will Be a Better Place
And the World Will Be a Better Place
For You and Me

You Just Wait and See
Put a Little Love in Your Heart
Each and Every Day
Put a Little Love in Your Heart
There's Got to Be a Better Way
Put a Little Love in Your Heart
Don't You Think It's Time We Start
Put a Little Love in Your Heart


Achei a mensagem de uma espiritualidade por demais verdadeira; verdadeira e humana. Sabe, amigo anônimo que lê, encontro-me hoje profundamente triste porque, contrastando com a inspiradora canção da Mahalia, as pessoas seguem o que a Bíblia diz. E o que diz a Bíblia? Que nossas boas ações (e por extensão nossas elevadas motivações e intenções), são como "o trapo da imundícia". 
Isaías 64:6 - "Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças como trapo da imundícia; e todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniqüidades como um vento nos arrebatam". Ou seja, diante de Jeová, somos todos condenados irrecuperáveis, malignos, perversos e indignos de qualquer sentimento nobre, incapazes de realizar ou mesmo pensar em qualquer atitude auspiciosa e positiva. Trocando em miúdos, isso quer significar que não adianta lutarmos por nada de bom, justo ou valoroso nesta vida. Afinal, " é só Deus quem consegue ser bom, justo e valoroso". Numa família de crentes, como a minha, antes ser um "traficante crente" que um trabalhador descrente. É melhor ser um desonesto, um ladrão, um mau-caráter, um estuprador crente... Do que uma pessoa que tenta ser ética, generosa, amável, e que não seja "crente". Não se pode saber se existe um ser "superior" como um deus mas, caso haja, espero que não seja nem um pouco parecido com o violento deus El (o Yaweh egomaníaco e sanguinário do Velho Testamento e, óbvio, também do novo - com uma nova roupagem que não lhe disfarça a essência). Mas acredito piamente na existência de duas deusas e delas sou real devoto: uma se chama Justiça, e a outra, Verdade. Busco observar atentamente os preceitos de ambas sempre que possível (claro que isso nem sempre nos é viável - somos todos humanos, demasiadamente humanos, e nada mais que isso. O que não justifica considerarmos que a luta pelo nosso melhor não valha a pena - é claro que vale a pena!).

A música de Mahalia Jackson me traz doces palavras de alento que, na solidão silenciosa da noite, me embalam o espírito!

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Casamento, Parque, Habib's



Posso dizer que um bocado de coisa já mudou desde a última vez em que escrevi algo por aqui. Nem tanto na minha rotina (que basicamente é a mesma – trabalho, academia, internet etc.), mas na percepção pessoal dessa mesma rotina e na minha forma de senti-la.
Já não estou mais muito entusiasmado com a possibilidade do Dr. Suzuki assumir a chefia do cartório em que trabalho. De fato, ele parece alguém de ótima índole, que reflete uma amabilidade fora do comum no trato com funcionários, estagiários, etc. Para encurtar a história, acontece que o Dr. Suzuki “dá muita razão” a advogados, segundo nos parece. Isso pode ser um problema sério para nós funcionários, posto que desavenças entre nós (funcionários) e eles (advogados) são frequentes no dia-a-dia do nosso ofício. O juiz anterior (de quem reconheço ter falado muito mal numa postagem anterior, talvez com excesso de rigor), apesar dos pesares, sempre erguia a voz em defesa do cartório, ou seja, da razão dos funcionários. Um juiz como Dr. Suzuki, ao fazer concessões aos advogados, acaba sabotando a “moral” dos cartorários em nossa iniciativa de conduzir os serviços da forma mais eficiente possível – o que seria melhor, em tese, inclusive – e principalmente -, para os advogados.
Agora, sobre o final de semana passado. Fui ao casamento do meu primo William no sábado (viajei para São Carlos, a umas três horas e meia de ônibus daqui, na sexta à noite). A verdade é que eu não estava nem um pouco motivado a ir a esse casamento, por vários fatores. Primeiro de tudo é que precisei ir a outra cidade e, segundo, não sou muito afeito a ir em casamentos. Por alguma razão, cerimônias de casamento me transmitem algo de nostálgico – na acepção deprimente da palavra; uma atmosfera de melancolia. Além do mais, levando em conta que minha família é inteiramente cristã evangélica, imaginei que seria mais um casamento descolorido, enfadonho e monótono como tantos outros. Felizmente, eu estava errado: teve música (forró, sertanejo e tudo de que não gosto), cerveja, vinho e algumas mulheres bonitas. Senti-me especialmente atraído pela irmã da noiva, sobre quem perguntei ao meu primo e sua consorte. Disseram-me que ela não gosta de homem, e que mora no estado do Mato Grosso com uma namorada. Achei engraçada a situação (a minha, não a dela), e continuei a tomar muito vinho e a conversar com quem me aparecia na frente. Dancei com minha tia Teca e sua amiga Maria, o que foi bastante divertido e bem inusitado.
O casamento começou lá pelas 11 da manhã e terminou por volta das duas da tarde. Cheguei à casa da minha avó, onde meus pais estão ficando nestes dias, e dormi praticamente por todo o restante daquele dia. No domingo de manhã meus pais me levaram de carro à rodoviária, mas tão logo se foram eu desviei caminho e fui procurar meu amigo Nataniel, que está na casa de uma irmã não muito longe dali. Caminhei até à lanchonete que sempre mencionamos, em conversar na internet, ser um ótimo local naquela cidade para um bom bate-papo. Estava fechada (afinal, era domingo de manhã). Tentei ligar para o celular dele, mas por alguma razão não consegui completar a ligação. Fui a uma outra lanchonete, comi um sanduíche, retornei à estação rodoviária e peguei um ônibus de volta para São Paulo.
Nesse mesmo domingo, à noite, fui ao parque do Ibirapuera para pular corda como forma de aprimorar meu condicionamento físico (destaco-me entre meus colegas na academia por minha explosão de força, que é notável entre nosso grupo; porém, ultimamente sinto que estou deixando a desejar no fator "resistência", o que significa que meu desempenho piora vertiginosamente após alguns minutos num combate mais vigoroso). 
Foi a primeira vez que pratiquei pular corda fora do ambiente da academia, o que talvez explique um certo embaraço que senti ali, ao ar livre, à vista do público no parque. Ainda assim, mandei muito bem no meu exercício: cansei-me bastante e suei aos cântaros. Combinei com a Alessandra de nos encontrarmos em outra área do mesmo parque (ela tinha ido assistir a um concerto coral), para depois irmos ao Habib’s comer uma salada e tomar suco. Nos encontramos à noite, fomos ao Habib’s e fizemos nossa refeição. Como de praxe, conversamos bastante sobre uma infinidade de assuntos diversos.